Tempos e modos verbais

Tempos e modos verbais são marcações do tom e do momento em que a ação ocorre. Os modos são: indicativo, subjuntivo e imperativo; e os três grandes tempos: pretérito, presente e futuro.

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Os tempos e modos verbais são aspectos do verbo que indicam o tom e o momento em que a ação, o estado ou os fenômenos ocorrem. Eles aparecem simultaneamente nas flexões verbais. Há três modos: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. E há três grandes tempos verbais: pretérito, presente e futuro, os quais podem subdividir-se em pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito; presente; futuro do presente e do pretérito. Cada modo verbal apresenta uma quantidade específica de tempos verbais.

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Leia também: Quais são as formas nominais do verbo?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre tempos e modos verbais

  • Tempos e modos verbais são os aspectos do verbo que indicam a forma e o momento em que a ação verbal ocorre.
  • Essas categorias aparecem mescladas nos verbos por meio das flexões verbais.
  • Cada conjugação verbal indica um tom (modo) e um momento (tempo).
  • Há três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. 
  • Há três grandes tempos verbais: pretérito, presente e futuro.
  • Cada modo verbal tem uma quantidade específica de tempos possíveis.
  • O modo indicativo apresenta seis tempos verbais: pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito; presente; futuro do presente e do pretérito.
  • O modo subjuntivo apresenta três tempos verbais: pretérito imperfeito, presente e futuro.
  • O modo imperativo só possui o tempo presente.

O que são os tempos e modos verbais?

Os tempos e modos verbais são flexões que expressam características da ação, estado ou fenômeno verbal, indicando o tom (modo) e o momento em que ela ocorre (tempo). Nos verbos, essas duas categorias se relacionam entre si, de modo que cada modo verbal tenha uma quantidade específica de tempos verbais possíveis.

Exemplos:

Eu viajarei amanhã.

Na frase acima, o verbo viajarei está indicando certeza sobre a ação verbal (modo indicativo) ao mesmo tempo em que indica que a ação ocorrerá no futuro (tempo).

Estude muito, isso te abrirá portas.

Já no segundo exemplo, o verbo estude está expressando um conselho (modo imperativo) ao mesmo tempo em que está situado no presente (tempo).

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Quais são os tempos e modos verbais?

→ Modos verbais

três modos verbais: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo.

  • Modo indicativo

Expressa uma certeza (afirmação ou negação) sobre o que se diz, declarando fatos e eventos.

O Brasil é um país de proporção continental.

O verbo é indica uma certeza sobre o que se diz, declarando fatos sobre o Brasil, assim, classifica-se como indicativo.

  • Modo subjuntivo

Indica hipótese ou possibilidade sobre o que se diz.

Se o Brasil fosse selecionado, estaria entre os favoritos.

O verbo fosse indica uma hipótese sobre o que poderia ter ocorrido, nesse caso, o Brasil ser selecionado, por isso, classifica-se como subjuntivo.

  • Modo imperativo

Expressa ordem, pedido ou conselho.

Por favor, Brasil, conquiste essa taça!!

O verbo conquiste expressa um desejo e uma espécie de pedido do sujeito em relação a um time do Brasil. O modo verbal que indica pedido ou ordem é o imperativo.

  • Videoaula sobre modos verbais

→ Tempos verbais

três grandes tempos verbais: pretérito, presente e futuro, os quais podem ser subdivididos em mais categorias. Porém, o modo indicativo, o subjuntivo e o imperativo têm tempos verbais diferentes e próprios. Dessa forma, os tempos e modos verbais se subdividem da seguinte forma:

  • Tempos verbais do modo indicativo

O modo indicativo apresenta seis tempos possíveis, são eles:

    • Pretérito perfeito: ação pontual ocorrida em um passado próximo.
    • Pretérito imperfeito: ação contínua ocorrida no passado.
    • Pretérito mais-que-perfeito: ação passada ocorrida antes de outras ações passadas.
    • Presente: ação ocorrida no presente.
    • Futuro do presente: ação que ocorrerá no futuro do presente.
    • Futuro do pretérito: ação que poderia ocorrer no futuro de uma situação passada.

TEMPOS VERBAIS DO MODO INDICATIVO

Presente

eu estudo,

tu estudas,

ele estuda,

nós estudamos,

vós estudais,

eles estudam

Pretérito mais-que-perfeito

eu estudara,

tu estudaras,

ele estudara,

nós estudáramos,

vós estudáreis,

eles estudaram

 

Pretérito imperfeito

eu estudava,

tu estudavas,

ele estudava,

nós estudávamos,

vós estudáveis,

eles estudavam

 

Futuro do presente

eu estudarei,

tu estudarás,

ele estudará,

nós estudaremos,

vós estudareis,

eles estudarão

Pretérito perfeito

eu estudei,

tu estudaste,

ele estudou,

nós estudamos,

vós estudastes,

eles estudaram

Futuro do pretérito

eu estudaria,

tu estudarias,

ele estudaria,

nós estudaríamos,

vós estudaríeis,

eles estudariam

  • Tempos verbais do modo subjuntivo

O modo subjuntivo apresenta três tempos verbais, são eles:

    • Pretérito imperfeito: ação hipotética no passado.
    • Presente: ação hipotética no presente.
    • Futuro: ação hipotética no futuro.

TEMPOS VERBAIS NO MODO SUBJUNTIVO

Pretérito imperfeito

se eu estudasse,

se tu estudasses,

se ele estudasse,

se nós estudássemos,

se vós estudásseis,

se eles estudassem

 

Presente

 

que eu estude,

que tu estudes,

que ele estude,

que nós estudemos,

que vós estudeis,

que eles estudem

Futuro

quando eu estudar,

quando tu estudares,

quando ele estudar,

quando nós estudarmos,

quando vós estudardes,

quando eles estudarem

  • Tempos verbais do modo imperativo

O modo imperativo apresenta um único tempo verbal, o presente.

TEMPO VERBAL DO MODO IMPERATIVO

Imperativo afirmativo

Imperativo negativo

estuda tu

não estudes tu

estude você

não estude você

estudemos nós

não estudemos nós

estudai vós

não estudeis vós

estudem vocês

não estudem vocês

→ Videoaula sobre tempos verbais

Exercícios resolvidos sobre tempos e modos verbais

1. (Prefeitura de Bauru - SP - 2025)

Adolescente sofre necrose nos dentes após fazer aplicação de lentes com mulher que não é dentista.

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) afirma que o procedimento deve ser realizado em clínicas odontológicas e apenas por um cirurgião-dentista.

Uma adolescente, de 17 anos, teve os dentes desgastados com necrose pulpar e óssea [morte da polpa dentária e dos ossos] após fazer a aplicação de lentes de resina com uma mulher que não era dentista. Ao g1, a menina, que não quis se identificar, disse ter pagado R$ 1 mil pelo procedimento. “Não tinha noção que ela não era dentista”, desabafou.

[...] De acordo com ela, Andreza Aline Gasparini Lima cobrou inicialmente R$ 1,2 mil pelo serviço, mas fechou o acordo por R$ 1 mil para o pai dela, sendo que metade seria descontada do trabalho dele como pedreiro e o restante em transferência via Pix.

Ao g1, o advogado Gabriel Ferreira Lacerda, que representa Andreza Aline, informou que ela é considerada “hábil” para prestar o serviço de aplicação de lentes de resina. Ele acrescentou que a cliente “não se passou por dentista e tampouco exerceu a função”.

A aplicação aconteceu em junho deste ano, na casa de Andreza, em São Vicente (SP). A adolescente contou que voltou ao local três dias depois do procedimento, uma vez que três lentes tinham caído. Segundo a jovem, a profissional justificou a situação dizendo que ela não tomou os cuidados necessários.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/mais-saude/noticia/2024/11/08/adolescente-sofre-necrose-nos dentes-apos-fazer-aplicacao-de-lentes-com-mulher-que-nao-e-dentista-fotos.ghtml. Adaptado.

Na frase “A aplicação aconteceu em junho deste ano, na casa de Andreza [...]. A adolescente contou que voltou ao local três dias depois do procedimento, uma vez que três lentes tinham caído”, os verbos destacados estão conjugados no:

A) pretérito mais que perfeito.

B) presente.

C) pretérito imperfeito.

D) pretérito perfeito.

Resposta: D

Comentário: Os dois verbos sublinhados estão no pretérito perfeito, o que pode ser verificado tanto pelos morfemas finais dos verbos (aconteceu e voltou) quanto pelo sentido que eles expressam, indicando ações ocorridas e acabadas em um passado recente.

2. (IVIN) Passando a forma verbal destacada no verso 2 “Tem fascinante, cálida fragrância”, para o tempo verbal futuro do pretérito, no modo indicativo, a sua nova redação será:

A) tiveste.

B) tivera.

C) teria.

D) teríeis.

E) terá.

Resposta: C

Comentário: O futuro do pretérito indica uma ação futura hipotética, algo que poderia ter acontecido no futuro de uma situação passada. O verbo que expressa esse sentido é o “teria”, ou seja, “Teria fascinante, cálida fragrância”.

Fontes

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed., rev., ampl. e atual. conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

Mapa mental dos tempos e modos verbais.
Tempos e modos verbais são características que indicam o momento e o tom da ação.
Crédito da Imagem: Gabriel Franco | Brasil Escola
Escritor do artigo
Escrito por: Talliandre Matos Talliandre Matos da Silva Pereira é graduada em Letras, mestra em Estudos Literários e doutoranda em Letras. Além disso, é mãe, professora, escritora e poeta.
Deseja fazer uma citação?
MATOS, Talliandre. "Tempos e modos verbais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescolav3.elav.tmp.br/gramatica/modos-verbais-suas-funcoes-no-enunciado.htm. Acesso em 30 de outubro de 2025.
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Exercício 1

Relacione as colunas :

MODOS VERBAIS

a) indica uma certeza em relação a um estado ou uma ação no presente, no passado ou no futuro.

b) indica uma incerteza em relação a existência ou não do fato, considerando-o como incerto, duvidoso, eventual ou, mesmo, irreal.

c) indica uma exortação ao interlocutor para que este cumpra a ação expressa pelo verbo, podendo ser um conselho ou um convite.

( ) modo subjuntivo

( ) modo imperativo

( ) modo indicativo

Exercício 2

Explique qual a diferença de sentido entre o uso dos tempos verbais do modo indicativo nas frases a seguir:

a) A beleza daquela mulher encantou a todos.

b) A beleza daquela mulher encantava a todos.

c) Antes da cirurgia plástica, a beleza daquela mulher já encantara a todos.

Exercício 3

(IDECAN) Leia o texto e responda:

Sobre o ouvir

O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos. Mas isso, admitir que o outro vê coisas que nós não vemos, implica reconhecer que somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto, vemos errado.

Bernardo Soares diz que aquilo que vemos é aquilo que somos. Assim, para sair do círculo fechado de nós mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto refletido nas coisas, é preciso que nos coloquemos fora de nós mesmos. Não somos o umbigo do mundo. E isso é muito difícil: reconhecer que não somos o umbigo do mundo!

Para se ouvir de verdade, isso é, para nos colocarmos dentro do mundo do outro, é preciso colocar entre parênteses, ainda que provisoriamente, as nossas opiniões. Minhas opiniões! É claro que eu acredito que as minhas opiniões são a expressão da verdade. Se eu não acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus pensamentos pelos meus. É norma de boa educação ficar em silêncio enquanto o outro fala. Mas esse silêncio não é verdadeiro.

É apenas um tempo de espera: estou esperando que ele termine de falar para que eu, então, diga a verdade. A prova disto está no seguinte: se levo a sério o que o outro está dizendo, que é diferente do que penso, depois de terminada a sua fala eu ficaria em silêncio, para ruminar aquilo que ele disse, que me é estranho.

Mas isso jamais acontece. A resposta vem sempre rápida e imediata. A resposta rápida quer dizer: “Não preciso ouvi-lo. Basta que eu me ouça a mim mesmo. Não vou perder tempo ruminando o que você disse. Aquilo que você disse não é o que eu diria, portanto está errado...”.

(ALVES, Rubem. Sobre o ouvir. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008.)
 

I. As formas verbais “acreditasse” e “trocaria” em “Se eu não acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus pensamentos pelos meus.” (3º§), mesmo pertencendo a tempos e modos verbais diferentes,

a) ( ) pertencem cronologicamente ao passado, tendo seu uso favorecido no discurso narrativo.

b) ( ) situam os fatos num intervalo de tempo do qual faz parte o próprio momento da enunciação.

c) ( ) representam fatos como não concluídos e os situam num intervalo de tempo relativo a um universo hipotético.

d) ( ) estão associados com o aspecto concluso do processo, visto como consumado no momento da enunciação verbal.

Exercício 4

(FADESP) Leia o texto e responda

As formas verbais “provará” e “será”, no enunciado “A humildade generosa provará que foi um deslize e jamais será um hábito. A humildade generosa tratará de contornar, prontamente, o revés” (l. 17 e 18), expressam um(a):

a) ( ) futuro certo.

b) ( ) probabilidade futura.

c) ( ) posterioridade a certo momento do futuro.

d) ( ) futuro certo, mas dependente de uma condição.

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