A função sintática é o nome dos papéis desempenhados pelas palavras e pelos grupos de palavras na construção das frases. As principais são: sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial, predicativo, aposto e vocativo.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre função sintática
- 2 - O que é função sintática?
- 3 - Quais são as funções sintáticas?
- 4 - Como identificar a função sintática?
- 5 - Exercícios resolvidos sobre função sintática
Resumo sobre função sintática
- A função sintática é o nome dado ao papel que as palavras e os grupos de palavras desempenham na estrutura das frases.
- As principais funções sintáticas são: sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial, predicativo, aposto e vocativo.
- Para fazer uma análise sintática correta, é fundamental observar com quais palavras os termos se relacionam e qual função desempenham, fazendo perguntas como: “Quem fez?”, “O que fez?”, “Como foi feito?”, “Onde foi feito?”, “Quando fez?”.

O que é função sintática?
Função sintática é o nome dado ao papel que os termos desempenham nas frases. Dito de outra forma, a função sintática indica a posição e a função que as palavras e os grupos de palavras exercem na estrutura das frases.
Veja os exemplos:
“A professora pediu uma autoavaliação aos alunos.”
A professora = sujeito
A = adjunto adnominal
pediu = verbo transitivo direto e indireto (núcleo do predicado)
uma autoavaliação = objeto direto
uma = adjunto adnominal
aos alunos = objeto indireto
“Queremos que você leia o discurso da turma.”
Queremos = verbo transitivo direto (núcleo do predicado)
Sujeito oculto ou desinencial = não está explícito na frase, mas sabe-se que é “nós”.
que você leia o discurso da turma = objeto direto do verbo “queremos”
você = sujeito do verbo “leia”
leia = verbo transitivo direto (núcleo da oração subordinada)
o discurso = objeto direto do verbo “leia”
“João e Antônio foram classificados.”
João e Antônio = sujeito composto
foram = verbo de estado
classificados = predicativo do sujeito
“O juiz considerou o réu culpado.”
O juiz = sujeito
considerou = verbo transitivo direto (núcleo do predicado)
o réu = objeto direto
o = adjunto adnominal
culpado = predicativo do objeto
Quais são as funções sintáticas?
- Sujeito: Aquele ou aquilo de quem se fala, quem ou o que pratica ou sofre a ação do verbo. Pode ser classificado como: simples, composto, oculto (elíptico ou desinencial), indeterminado e inexistente.
- Predicado: tudo o que se declara sobre o sujeito. Pode ser classificado como verbal, nominal ou verbo-nominal.
- Objeto direto: complemento verbal SEM uso de preposição.
- Objeto indireto: complemento verbal COM uso de preposição.
- Complemento nominal: complemento nominal de palavras que exigem complemento.
- Adjunto adnominal: termo que caracteriza um substantivo.
- Adjunto adverbial: termo que caracteriza um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, indicando circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade etc.
- Predicativo: indica uma qualidade ou estado do sujeito ou do objeto.
- Aposto: sintagma que explica, resume ou especifica um termo utilizado na frase.
- Vocativo: expressão que indica um chamamento ao interlocutor.
Como identificar a função sintática?
Para identificar a função sintática, é necessário realizar o estudo das partes da frase - chamados de sintagmas - para verificar com quais outras palavras eles relacionam-se e que papel eles exercem. Abaixo, seguem algumas dicas para te ajudar nessa observação:
- Encontre o verbo ou os verbos, pois essas palavras são centrais na análise sintática.
- Verifique se o verbo é pessoal ou impessoal. Caso seja pessoal, procure o sujeito da frase.
- Caso os verbos sejam transitivos, identifique os complementos verbais (objeto direto e indireto).
- Observe se há palavras que acrescentam características circunstanciais, como tempo, lugar, modo, finalidade (adjuntos adverbiais),
- Analise se algum termo está qualificando ou determinando um substantivo (adjunto adnominal).
Outras dicas que podem ajudar nesse tipo de análise é:
- Sublinhe os termos e faça setas indicando com quem eles se relacionam, pois isso ajuda a constatar as funções sintáticas corretas.
- Faça perguntas como: “Quem fez?”, “O que foi feito?”, “Como foi feito?”, “Para quem ou para que foi feito?”, “Onde foi feito?”, “Com qual palavra esse termo se relaciona?”, “O que esse sintagma faz? Explica? Complementa? Qualifica?”.
Acesse também: Quais são os termos acessórios da oração?
Exercícios resolvidos sobre função sintática
Questão 1
(FGV) Assinale a opção que apresenta a frase que se encontra na voz passiva.
A) A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica.
B) A escrita domina a nossa vida; é uma instituição social tão forte quanto a nação e o Estado.
C) Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros.
D) Pela escrita acumulamos conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura.
E) Nossas religiões derivam de livros.
Resolução:
Alternativa A.
A alternativa A é a única que apresenta uma oração na voz passiva. Observam-se a locução “é marcada” e o sujeito “a nossa civilização”, que não pratica a ação, e sim é resultado dela, além do agente da passiva no sintagma “pela linguagem gráfica”.
Questão 2
(Ivin) Sobre o trecho “A escola investe em ambientes digitais de aprendizagem...” (10§), a análise da função morfossintática, só está correta na opção:
A) Em ambientes digitais de aprendizagem = objeto indireto.
B) A escola = sujeito elíptico
C) Investe = verbo intransitivo
D) Em = conjunção subordinativa
E) De = pronome relativo.
Resolução:
Alternativa A.
O sintagma “em ambientes digitais de aprendizagem” é o objeto indireto, pois complementa o sentido do verbo “investe”, mas é ligado por meio da preposição “em”. As demais alternativas estão incorretas pois “a escola” é um sujeito explícito e não elíptico, “investe” é um verbo transitivo indireto, “em” é uma preposição, e “de” é uma preposição.
Fontes
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2017.
LIMA, Maria Luiza M. de Almeida et al. Gramática de língua portuguesa para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.
PERINI, Mário A. Gramática do português brasileiro: morfossintaxe. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.