Dia dos Pais: importância da função paterna para as crianças

Dia dos Pais: entenda a importância da função paterna no desenvolvimento das crianças

Especialistas comentam sobre os benefícios da função paterna para o desenvolvimento das crianças e como isso acontece em diferentes configurações de família

Em 08/08/2025 18h52 , atualizado em 08/08/2025 18h53

Pai e filha negros
Dia dos Pais é celebrado no domingo, 10 de agosto, em 2025.
Crédito da Imagem: Foto - Shutterstock
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O Dia dos Pais é comemorado neste domingo, 10 de agosto. A data é um convite a refletir sobre a relação entre pai e filhos e como o papel deles pode impactar na educação dos pequenos. 

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O Brasil Escola conversou com diferentes especialistas da Educação, Psicologia e Pedagogia que explicam sobre a importância da presença dos pais, da função e figura paternal no processo de desenvolvimento das crianças.

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Tópicos deste artigo

Importância da função paterna no desenvolvimento das crianças

Para a psicóloga Fabiana Sousa, a presença paterna na vida dos filhos está associada à estabilidade emocional, isso quer dizer que um pai que esteja envolvido emocionalmente pode contribuir para o desenvolvimento do senso de segurança, de pensamentos realistas e positivos acerca do mundo.

Nesse sentido, Fabiana acredita que a figura paterna possui um papel relevante na formação de esquemas cognitivos de toda a criança, do início da infância até a adolescência.

Fabiana Sousa, pisicóloga
Fabiana Sousa, psicóloga clínica e escolar que atua com a Terapia Cognitivo Comportamental (CRP 09/13510).
Crédito: Arquivo.

Com uma participação ativa, o pai ajuda a criança a desenvolver estratégias adaptativas para lidar com frustrações e com conflitos, salienta a psicóloga.

Por outro lado, quando há uma negligência do pai em relação aos cuidados dos filhos, caracterizada pela ausência paterna, evidenciam-se impactos negativos no desenvolvimento psicológico da criança. Fabiana cita que crianças que convivem com essa realidade podem desenvolver baixa autoestima, insegurança emocional, raiva, retraimento, ansiedade e depressão.

Ou seja, se o acompanhamento do pai não for funcional podem ocorrer danos na vida da criança, sendo necessária uma rede de apoio, escola acolhedora, como também suporte psicológico, acredita Fabiana

A educadora, gestora escolar e também psicóloga Ana Claudia Favano reforça que os pais ativos na vida dos filhos oferecem apoio emocional, acompanham as rotinas diárias, o que conduz aos filhos a explorarem o mundo com confiança.

Quanto ao monitoramento escolar, a presença da figura paterna de forma efetiva amplia a capacidade de formação de habilidades de autorregulação, completa Ana.

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Pai e filhos negros em momento de brincadeira
Dia dos Pais é celebrado em diferentes datas ao redor do mundo.
Crédito: Shutterstock.

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Função paterna em diferentes configurações de família

As configurações de família são diversas e fogem do convencional formado por um casal heteronormativo. Podem ser formadas por duas mães, dois pais, uma mãe somente, entre outros tipos. Além disso, é possível haver a ausência paterna por diferentes motivos, tais como falecimento, distância profissional ou separação. 

Nestas situações, outras pessoas ocupam e podem desempenhar a função paterna na família, entre elas, por exemplo, avós, padrastos e mães solo.

A coordenadora pedagógica Renata Alonso enfatiza que o mais importante é manter uma relação de qualidade com as crianças com a intenção de proporcionar segurança.

“O que realmente fortalece esse vínculo é a presença sensível, a escuta ativa e a disponibilidade emocional. Independentemente do laço biológico ou do papel formal na família, é a qualidade da relação que proporciona segurança, referências emocionais e modelos de comportamento.”

Renata Alonso - coordenadora pedagógica

Especialistas entrevistadas
Da esquerda para direita: Ana Claudia Favano, da Escola Internacional de Alphaville (Barueri, SP); Renata Alonso, da Escola Bilíngue Aubrick (São Paulo); Maria Teresa Casamassima, do Brasilian International School - BIS.
Créditos: Divulgação.

No caso das famílias não tradicionais, o fator mais importante é a segurança emocional, na opinião da orientadora educacionais Maria Teresa Casamassima. "A diversidade de figuras parentais enriquece a rede de apoio, ampliando as oportunidades de aprendizado e de expressão afetiva das crianças”, explica.

Maria Teresa considera que a qualidade da relação entre adultos e crianças ajuda no desenvolvimento emocional, cognitivo e social dos pequenos.

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