A Arábia Saudita é um país localizado no continente asiático, na região conhecida como Oriente Médio. Conhecida por ser um grande produtor e exportador de petróleo, o país também tem a fama de manter políticas conservadoras, proibindo cultos que não sejam da religião oficial, o islã, e uma série de restrições sociais ao público feminino.
Apesar de toda a riqueza petrolífera e uma grande importância na geopolítica mundial, a Arábia Saudita não reconhece a Declaração de Direitos Humanos, um documento essencial que garante a liberdade dos povos e o direito à democracia. O não reconhecimento é justificado por um governo religioso e monárquico, algo raro nos Estados nacionais atualmente.
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- cristianismo (5%)
- outras religiões (hinduísmo, budismo e skhismo) (2%)
Localizada no Oriente Médio, a Arábia Saudita possui clima praticamente desértico e um relevo de planícies, o que dificulta práticas agrícolas e desenvolvimento urbano em algumas localidades.
Em relação ao clima, podemos citar que possui características áridas, altas temperaturas praticamente o ano todo, com média anual de 28 ºC. Durante o inverno, entre dezembro e fevereiro, as temperaturas giram em torno dos 20 ºC.
Baixa pluviosidade (média de 100 mm por ano), baixa umidade do ar e temperaturas de até 50 ºC no verão marcam o clima saudita. Por estar localizado em uma área de grandes desertos, há uma alta amplitude térmica no país, em que dias são muito quentes e noites são muito frias.
O relevo é dominado pelo planalto arábico, com predominância de desertos, como o deserto de Nafud, ao norte, e o deserto de Dahna, ao sul. Altitudes variam entre 500 m e 1.000 m, tendo-se como ponto culminante do país a montanha Jabal Sawda, que atinge 3.133 m de altitude.
O país faz fronteira com Iêmen e Omã, ao sul; mar Vermelho, a oeste; Jordânia, Iraque e Kuwait, ao norte; e Catar e Emirados Árabes Unidos, a leste, além do golfo Pérsico.
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Com uma população de um pouco mais de 34 milhões de habitantes, a Arábia Saudita viu um crescimento exponencial nessa taxa nos últimos 60 anos. A fim de comparação, em 1950, a população saudita era de, aproximadamente, três milhões de pessoas. Esse crescimento deveu-se, sobretudo, à exploração do petróleo, principal fonte de renda do país.
Tendo o islã como religião oficial, grande parte da população saudita é muçulmana (mais de 90%), com alguns cristãos e outros praticantes religiosos, embora outras religiões sejam proibidas no país.
Mais de 80% dos sauditas vivem nas áreas urbanas. Apesar de ser um país extenso, é pouco povoado devido às adversidades climáticas, com vastos desertos. Em Riad, capital do país, vivem 7,6 milhões de pessoas, sendo a cidade mais populosa da Arábia.
Há, também, um grande número de imigrantes de países vizinhos, como indianos, paquistaneses, egípcios, e de outros continentes, como europeus e norte-americanos. Esses dois últimos ganham destaque nas obras relacionadas à exploração do petróleo.
Em 2018, a expectativa de vida na Arábia era de 75 anos.
Os grandes destaques da economia saudita ficam por conta das reservas petrolíferas e de gás natural, além do turismo religioso.
De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), estima-se que o país detenha 22,4% das reservas de petróleo do mundo, atrás apenas da Venezuela, que detém pouco mais de 25%. Os sauditas exercem um papel de liderança na Opep, ocupando o posto de segundo maior produtor/exportador desse combustível fóssil, produzindo 10 a 12 milhões de barris por dia.
Além da Opep, o país faz parte do G-20, o grupo das 19 nações mais ricas do mundo e União Europeia.
Meca, a cidade sagrada para os muçulmanos, é um grande ponto de turismo do país. Um dos preceitos do islã faz referência a essa cidade, que deve ser visitada ao menos uma vez na vida pelos muçulmanos, desde que tenham condições para tal ação, além de receber milhares de turistas durante o Ramadã, mês de jejum muçulmano.
Nos últimos anos, o país modernizou-se, atraindo construções e empresas estrangeiras, com shoppings, indústrias modernas e reformas sociais, mesmo que ainda tímidas. Tais mudanças refletem o caminho que os sauditas querem percorrer, não tendo que depender exclusivamente da economia petrolífera e tendo diversidade de investimentos e recursos econômicos.
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Os sauditas são conhecidos pela cultura extremamente conservadora e religiosa. Influenciados pela Sharia, a lei islâmica, sauditas não comem carne de porco, muito menos ingerem bebidas alcoólicas. Além disso, cinemas e outros costumes ocidentais que possam contrariar os preceitos do islã são proibidos no país.
Para os muçulmanos, a sexta-feira é um dia sagrado, e para os sauditas não é diferente. Tal afirmação explica o fato de o fim de semana começar na quinta-feira, mesmo com todas as restrições comportamentais religiosas já mencionadas.
O futebol é esporte marcante no país, tendo campeonatos nacionais bem disputados, atraindo inúmeros jogadores estrangeiros devido ao alto valor salarial.
Na culinária, as carnes mais comuns são frango e carneiro, sendo o camelo também consumido, porém com menor intensidade.
Veja algumas curiosidades sobre a Arábia Saudita.
As sauditas não podem viver ou viajar sozinhas, a não ser que sejam autorizadas pelo tutor.
Por Átila Matias
Professor de Geografia
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescolav3.elav.tmp.br/geografia/arabia-saudita.htm