Afinal, Plutão é um planeta? Não, Plutão não é mais considerado um planeta. Descobertas astronômicas, realizadas no ano de 2005, na região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper fizeram com que a União Astronômica Internacional (IAU) reconsiderasse a sua definição de planeta, o que resultou no “rebaixamento” de Plutão. Por causa disso, desde 2006, o Sistema Solar é formado por apenas oito planetas.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Plutão não ser um planeta
- 2 - Plutão é considerado um planeta?
- 3 - Por que Plutão não é mais um planeta?
- 4 - O que Plutão é considerado hoje?
- 5 - Tamanho de Plutão
- 6 - Planetas do Sistema Solar
- 7 - Curiosidades sobre Plutão
Resumo sobre Plutão não ser um planeta
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Plutão deixou de ser considerado um planeta no ano de 2006.
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A mudança na classificação se deu após a descoberta de um novo corpo celeste, Éris, na região do Cinturão de Kiupper, com aspectos semelhantes aos de Plutão.
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Hoje Plutão é um planeta-anão, assim definido porque não tem uma órbita dominante, e outros objetos podem atravessar sua órbita.
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Assim como Plutão, existem outros planetas-anões no Sistema Solar. São eles: Ceres, Haumea, Makemake e Éris.
Plutão é considerado um planeta?
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Não, Plutão não é considerado um planeta. Esse corpo celeste deixou de ser identificado como um planeta no ano de 2006, quando a União Astronômica Internacional (IAU), órgão responsável por, entre outros, nomear e categorizar objetos celestes, realizou uma revisão da sua classificação com base em novas descobertas feitas naquele mesmo período no Sistema Solar.
Por que Plutão não é mais um planeta?
Plutão não é mais um planeta porque ele deixou de atender aos critérios da IAU que são utilizados para a determinação do que é ou não um planeta. Segundo esse órgão, são considerados planetas aqueles corpos celestes que:
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desempenham órbita em torno do Sol;
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têm força gravitacional suficiente para adquirir formato esférico, ou próximo disso;
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conseguiram limpar a sua órbita. Isso não significa que não existam objetos celestes circundando-o, mas, sim, que esses objetos desempenham uma órbita estável ao redor dele. Nesse sentido, o planeta é o objeto dominante.
Essa definição de planeta que é, hoje, utilizada pela IAU foi concebida, justamente, no ano de 2006, quando a classificação de Plutão foi alterada. Um ano antes dessas alterações, os astrônomos Mike Brown, Chad Trujillo e David Rabinowitz, com o auxílio do telescópio Samuel Oschin, no Observatório Palomar (Califórnia, EUA), fizeram a descoberta de um novo corpo celeste transnetuniano (que fica além de Netuno) com aspecto muito semelhante ao de Plutão, mas que aparentava ser mais massivo que ele. À época o objeto foi nomeado 2003 UB313, mas depois foi oficialmente nomeado Éris.
Por parecer ser maior do que Plutão, foi cogitado que Éris pudesse ser um planeta. Com base em novas observações e descobertas no Cinturão de Kuiper, região onde ficam Plutão e Éris, mostrou-se mais um conjunto de corpos celestes semelhantes a eles. Para além disso, constatou-se que, naquela área do Sistema Solar, há alta probabilidade de diferentes tipos de objetos, como fragmentos de rocha, cruzarem a órbita de Plutão. Diante disso, a IAU reviu a sua definição do que é um planeta, gerando a reclassificação do então nono planeta do Sistema Solar e a inclusão de Éris e outros semelhantes na mesma categoria.
O que Plutão é considerado hoje?
Hoje Plutão é considerado um planeta-anão. Segundo a definição da IAU, um planeta-anão é um objeto celeste que realiza órbita em torno do Sol e tem massa suficiente para adquirir um formato esférico. Entretanto, o que os diferencia dos planetas é o fato de que não conseguiram limpar suas órbitas, isto é, não são objetos dominantes. Assim como Plutão e Éris, existem outros três planetas-anões no Sistema Solar. São eles:
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Ceres, único que fica no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter;
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Haumea;
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Makemake.
Tamanho de Plutão
Plutão tem um diâmetro equatorial de 2.377 quilômetros, o que, de acordo com a Nasa, é aproximadamente um quinto do diâmetro observado para o planeta Terra. Considerando o maior planeta do Sistema Solar, Júpiter, a medida do diâmetro de Plutão é quase 60 vezes menor do que a do gigante gasoso. Em termos de massa, Plutão tem 13x1021 kg, que representa 0,2% da massa terrestre.
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Planetas do Sistema Solar
Com a reclassificação de Plutão em 2006, o Sistema Solar passou a ter apenas oito planetas. Os planetas do Sistema Solar são classificados em rochosos (que apresentam uma superfície sólida) e gasosos (que não dispõem de uma superfície rochosa e são compostos essencialmente por um conjunto de gases em movimento). No caso dos gasosos, eles são chamados, também, de gigantes gasosos por serem os maiores planetas existentes no Sistema Solar.
Considerando a posição orbital de cada um, e levando em conta a sua proximidade com o Sol, listamos, a seguir, todos os planetas do Sistema Solar:
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Mercúrio;
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Vênus;
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Terra;
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Marte;
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Júpiter;
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Saturno;
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Urano;
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Netuno.
Caso queira saber mais sobre os planetas do Sistema Solar, leia nosso texto.
Curiosidades sobre Plutão

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Plutão foi descoberto no ano de 1930. Seu nome foi escolhido por Venetia Burney, que, à época, tinha apenas 11 anos de idade.
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O planeta-anão está 40 vezes mais distante do Sol do que a Terra. Por isso, a temperatura em Plutão chega a -240 ºC.
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Plutão tem cinco luas ou satélites naturais: Charon, Nix, Hydra, Kerberos e Styx.
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Existe, na superfície de Plutão, uma forma que é semelhante a um coração. Essa área é chamada de Tombaugh Regio, ou Coração de Plutão, e faz parte de uma extensa planície formada a partir do colapso de outro corpo celeste. Por isso, é composto de gelo de nitrogênio, diferentemente do restante da superfície gasosa de Plutão que é constituído por metano congelado.
Fontes
IAU. Pluto and the Developing Landscape of Our Solar System. IAU, [s.d.]. Disponível em: https://www.iau.org/Iau/Science/What-we-do/Pluto-and-the-Developing-Landscape-of-Our-Solar-System.aspx?WebsiteKey=9e4eaea2-b0d6-4c4b-bd18-913a208b91be.
NASA. Pluto. NASA Science, [s.d.]. Disponível em: https://science.nasa.gov/dwarf-planets/pluto/.
UNIVERSITY OF ARIZONA. How Pluto got its 'heart'. The University of Arizona, 15 abr. 2024. Disponível em: https://news.arizona.edu/news/how-pluto-got-its-heart.